Minhas mãos estão livres mais posso sentir minha circulação parada como se elas estivessem amarradas...
Sensação horrível de total impotência, fragilidade e medo.
O estrondo, o grito, as lágrimas...
O sono interrompido com a irresponsável sede de descobrir o mundo, de descobrir os limites do nosso corpo, de tentar provar para alguém ou para si mesmo, que podemos ir mais além.
A grande alegria da adolescência lado a lado com a terrível invasão do espaço alheio.No coração ainda acelerado pelo susto, correm lágrimas de dor, e contendo o pranto que insiste em querer sair, me ponho a ajudar, lá fora a madrugada é nossa cúmplice e em silêncio testemunha nossas franquezas.
O olhar para o céu é um pedido de ajuda, um pedido de alguém que realmente está discrédula da ajuda humana e clama por uma sobrenatural.E depois de tanto desespero interior, voltamos para onde nosso corpo possa descansar, levando nos coração aquela madrugada triste e em sonhos desejar não uma vida melhor, mais um amanhecer sereno.
*Marcos Silva
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